DEZ DIAS DEPOIS
Bryan estava todo perdido em pensamentos. Durante todo o caminho, que ele não estava ligando muito por onde passava, ele se perdia em pensamentos. Pensava em seus irmãos menores, e em como eles deviam estar sentindo falta do pai, pensava em Natalie e em Thomas, por terem presenciado toda a cena horrível entre os policiais e seu pai, em sua mãe, que não pode nem ao menos se despedir de seu pai, e que tinha que se manter firme e forte, porque Lívia era uma bebê que precisava de toda a atenção para ela, e também pensava em seu pai, em uma cela, sozinho e preso por algo que não fez. Era injusto. Aquele sofrimento todo era injusto. E novamente, ali estava Bryan, se culpando.
— Está se sentindo bem?
Bryan olhou para o pai, sabendo que ele perguntava sobre os pontos na barriga.
— Sim, eu estou.
— Se sentir alguma dor, avisa.
Bryan apenas balançou a cabeça, se virando para o vidro novamente.
— Filho.
Bryan o olhou novamente.
— Eu quero te pedir um favor.
Bryan