Manuela Cardoso
Estou deitada na cama do hospital, minha mão direita continua aferrada ao celular, minhas lágrimas caiem sem parar.
— Tenho que ligar para ele, não tenho escolha — murmuro para mim mesma, não tenho escolha, preciso ligar. Minhas lágrimas banham o meu rosto e minha roupa de hospital.
Como será que Collin vai reagir a notícia? E se ele me expulsar de novo, como tinha feito há cinco meses atrás, se ele pensar que quero o dinheiro dele? Eu não posso me humilhar novamente.
— Você precisa fazer isso Manu, seja forte — murmuro mais uma vez, para me encorajar. Pressiono a tecla de chamada, o celular toca por alguns segundos, mas não tenho coragem e desligo o celular.
— Como está hoje, senhorita Cardoso? — os meus pensamentos são interrompidos pela enfermeira que entra em meu quarto sorrindo.
— Bem — sussuro fracamente.
— Já tem tudo organizado? — indaga controlando o soro que está conectado a minha veia. Engulo em seco, mas não respondo.
— Sabe muito bem q