Verônica
Ao vê-lo ali, apoiado nas muletas, dividido entre a confiança e a insegurança, senti uma mistura de surpresa e curiosidade. Como ele conseguiu subir novamente, se eu desmenti o que ele havia dito na portaria? E por que ele veio? Por que voltou depois de ter agido como um ogro e batido em seu irmão na minha frente? Eram muitas dúvidas, e infelizmente, só ele poderia me dar as respostas. Decidi, então, deixá-lo entrar.
— Entre! — Eu disse, abrindo espaço para que ele pudesse passar.
Assim que a porta se fechou atrás de nós, a pergunta que queimava em minha mente escapou dos meus lábios antes que eu pudesse controlá-los.
— Cadu, eu já desmenti o que você disse ao porteiro, então como você conseguiu subir até aqui sem ser anunciado novamente? — Perguntei, tentando entender como ele havia conseguido driblar a segurança do prédio.
Ele deu um sorriso ladino, como se soubesse que essa pergunta estava por vir.
— Você não acha que precisa se vestir adequadamente
ao invés de ficar des