Enquanto minha mãe e a senhorita Herlinda organizavam tudo para o casamento que seria em um par de dias, eu passava meu tempo trancada no quarto, imersa em tristeza. Não tinha vontade nem de comer; queria gritar tudo o que sentia, o nó na garganta crescia cada vez mais.
Sentei-me na cama assim que ouvi a porta do meu quarto se abrir.
— Oi — cumprimentou meu pai.
Eu não respondi e deitei-me novamente na cama.
— Me perdoa por te vender como um pedaço de carne, isso dói na minha alma, estou te obrigando a fazer isso, mas você é a única que pode nos ajudar, e com essa união, resolverá todos os nossos problemas — ele disse.
Uma lágrima escorreu pelo meu olho.
— Se isso é tudo, por favor, saia do meu quarto — pedi.
Deitei-me de lado para não vê-lo.
— Sinto muito, Luisana, mas sei que o duque te fará feliz, ele é um bom homem — disse.
Sentei-me rapidamente na cama e o encarei.
— Como você sabe, se nem o conhece? — perguntei.
Meu pai baixou a cabeça imediatamente.
— Mas não se preocupe, pai,