A clínica era pequena, discreta, no alto de uma rua tranquila. Nada que chamasse atenção. Era exatamente o que precisavam.
Lucas estacionou o carro sem dizer nada. Ainda sentia o peso da noite anterior nos ombros — o tiroteio, as revelações, a foto. Mas quando olhou para Jordani, com a mão sobre o ventre ainda discreto, ele soube: precisava estar ali, inteiro.
Entraram de mãos dadas.
A recepcionista sorriu, sem saber quem eles eram ou tudo o que carregavam.
— Doutora Camila vai atendê-los já, fiquem à vontade.
A sala de espera era silenciosa. Um casal olhava uma revista velha. Uma mulher mexia no celular. Tudo parecia comum… mas o coração de Jordani batia acelerado. E não era só por causa dos traumas.
Era real agora. Tão real que doía.
— Você ainda tá com medo? — Lucas perguntou, a voz baixa, os olhos nela.
Ela hesitou, depois assentiu com a cabeça.
— Muito. E se esse bebê… for como eu? E se ele fo