Senti a tensão no ar enquanto não conseguia ver nada. Mesmo quando abria os olhos e tentava espiar por trás da venda que tampava os meus olhos, tudo o que me restava era uma escuridão sem fim. Visão eu não tinha, mas meus outros sentidos estavam aflorados.
Sentia o cheiro de algum tipo de óleo, era doce e suave. Também prestava atenção em cada mísero barulho que ele fazia. Quando abria a gaveta, andava pelo quarto ou rasgava alguma embalagem.
E o mais importante, o seu toque.
Cada toque, mesmo sem intenção sexual, parecia sexual para mim.
Eu estava deitada de bruços na beirada da cama. Minhas pernas estavam esticadas, com meus pés tocando o chão.
Completamente nua, exposta para ele como se estivesse em uma vitrine. Ao mesmo tempo que uma parte menor de mim queria mudar aquela posição, queria tomar o controle de novo, a outra parte estava completamente excitada com a vulnerabilidade.
Atrás de mim, em pé em algum lugar do quarto, Ben puxou o ar com força. Sua voz rouca e envolvente