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Entre os favoritos
No café da manhã, fui surpreendida pela revelação de que a secretária de Henry, Beca, era amiga de Tânia... ou, pelo menos, era isso que parecia, já que as duas não paravam de conversar na mesa que nós cinco compartilhávamos: eu, Henry, Ben, Tânia e Beca.Passeia a mão no cabelo e cruzei as pernas. Mais uma vez, voltei a cutucar meu prato de ovos mexidos e bacon, mas toda aquela conversinha entre Tânia e Beca sobre casamento estava tirando meu apetite. Sorrateiramente, olhei para a outra mesa, onde o restante do pessoal estava. Daria qualquer coisa para estar lá com eles, conversando e rindo. Estaria mais feliz longe desse circo de horrores em que me encontro atualmente.— Está sem fome? — Henry inclinou a cabeça para falar mais perto de mim.Sua voz baixa e atenciosa no meu ouvido causou-me bons calafrios.Assenti.— Sim, acho que não vou conseguir comer. — Virei o rosto para encontrá-lo a centímetros de mim.O olhar atento do rapaz desceu para o meu prato intocado e depois subiu par
Temos um contrato, Anahi.
Me esforcei para manter as minhas pernas firmes enquanto ia ao seu encontro. Seu olhar era assustador. Sem tirar os olhos dos meus, sem me perder de vista, com sua postura implacável, ele observava em silêncio eu sair da água.Escondi os peitos com as mãos quando finalmente parei na sua frente.Seus olhos azuis ardiam com fogo e raiva quando deu uma rápida examinada no meu estado encharcado. Sua atenção demorou no meu peito escondido.— O que está fazendo aqui? — Interrompi o silêncio.— Você e Henry resolveram brincar de casinha? — As palavras saíram ríspidas.Em silêncio, analisei minhas opções: encolher os ombros ou enfrentá-lo como sempre fiz…Ergui o queixo.— Minha vida particular não é da sua conta.Seu rosto ficou frio, sem expressão. O homem loiro deu um passo à frente, se aproximando um pouco mais. A súbita vontade de recuar me dominou, mas sufoquei esse desejo.— Temos um contrato, Anahi. Eu tinha te dado um mês, e só o que resta agora é uma semana. Você tem uma semana para
Amigos indesejados
Os poucos segundos que levou para me responder duraram uma eternidade. O tempo pareceu congelar quando o seu olhar mudou, o mesmo brilho que vi em seu apartamento e no escritório tantas vezes…— Há… — Confessou de repente.Ele se virou para mim, ficando tão perto que meus cabelos voaram em seu rosto. Olhando nos meus olhos, segurou entre meus cabelos com firmeza.Um arrepio percorreu a minha espinha.Eu podia — devia — ter-me afastado do seu contato inesperado, mas não consegui me mexer. Sua mão me segurou com autoridade, enquanto sua atenção descia para minha boca e lentamente ele ia ficando mais perto.— Eu só… — Começou, mas não terminou.Meu rosto foi virado, e Ben afundou o seu no meu pescoço. Seu nariz roçou a minha pele sem pressa alguma, deixando um rastro de ondas elétricas. Um arrepio percorreu meu corpo quando mordeu minha orelha.Minhas pernas estremeceram e acabei me agarrando em seus braços.— Ben…— Shh… — Sussurrou contra a minha pele. Seu hálito quente soprou meu pesc
massinha de modelar
Não desci as poucas escadas da varanda, cruzei os braços e fiquei parada no lugar, os observando pouco adiante, esperando minha presença ser notada.— O que você esperava que eu fizesse? — Disparou Louise. — Você não me responde há dias! E quando ligo, você desli... — Você vir para outro estado com o Nick era a última coisa que eu esperava. — Henry a interrompeu. — Desculpe atrapalhar a sua lua de mel com a sua namoradinha nojenta. — Ironizou. — Não seja infantil. Estamos aqui a trabalho. Louise não o respondeu de imediato, como estava fazendo. Seus olhos encontraram os meus, e notei que sua raiva aumentou. — Estou indo para o meu quarto, sua namorada já veio te buscar. A mulher passou por Henry sem lhe dar mais explicações. O rapaz se virou, com um leve vinco entre as sobrancelhas. O vinco sumiu quando ele me viu. Os degraus rangeram quando Louise os pisou com ódio e passou por mim, se esbarrando em meu ombro de propósito. Mordi o lábio; ignorar ela agora é a coisa sensa
De volta para casa
O avião particular de Ben decolou pouco depois do café da manhã. Toda a equipe ainda não havia superado a vitória do dia anterior, e por isso, conversavam alegremente sobre o ocorrido. Agora que a pior parte passou, até mesmo riam dos rapazes que caíram com a maquete e do nosso desespero em repará-la a tempo.Eu não participava dessa conversa animada; Tânia já havia se incluído no meio. Primeiro o Ben, agora a equipe do Mike. O que mais essa mulher vai tomar de mim? Bufei irritada.O que está acontecendo comigo? Não consigo deixar de pensar que em outra época eu iria colocá-la em seu devido lugar, mas agora… agora eu me retiro sem nem mesmo lutar. Parece que, no fundo, já entendi que algumas batalhas não valem a pena.Olhei pela janela; a cidade de Los Angeles estava bem pequena lá em baixo. Com os últimos três dias que me causaram um turbilhão de emoções, eu também deixaria algumas bagagens para trás, e uma delas seria meu breve caso com Henry.E depois, quando a poeira abaixar, vou
não tenho certeza, mas é necessário.
─ Querida, pense mais uma vez, podemos dar um jeito. ─ A voz baixa da minha avó continuava insistindo. ─ Eu já pensei, vó! ─ Respondi enquanto passava por ela. ─ Querida, todo mundo fala mal desse homem. Eu tenho medo. Ele parece ser o próprio diabo! ─ Ela se benzeu. ─ Foca nos seus estudos, espera uma oportunidade melhor. Eu respirei fundo, desistindo de me olhar no espelho e caminhando até a minha avó. A senhora baixinha, dos cabelos grisalhos, estava apenas preocupada com o meu futuro. Mesmo não sendo uma idosa fragil, ela ainda era idosa, não precisava arrumar mais preocupações do que já tinha. ─ Vovó. ─ Segurei suas mãos entre às minhas. ─ É apenas uma vaga como secretária. Irei fazer a entrevista pois precisamos do dinheiro. Se a senhora tivesse me contado antes que o restaurante não vai bem, se tivesse me consultado antes de pegar o empréstimo... ─ Fechei os olhos. Não era hora de fazer ela se sentir culpada. ─ Eu preciso ir e fazer o meu melhor para ficar com a vaga, caso
Foi de propósito!
Durante a manhã eu caprichei para estar apresentável. Meus cabelos loiros ficaram soltos, usei uma calça preta, um corset, um blazer e saltos altos. Eu iria me esforçar para estar o mais apresentável possível todos os dias, não ia deixar ele me colocar no automático como fez com a Melissa. Cada dia eu estaria mais linda e ele seria obrigado a conviver com isso. Desci as escadas com cuidado, o salto fazia barulho à cada degrau. Na sala de jantar, simples porém muito bonita, minha avó havia preparado um banquete para o café da manhã. Ela fazia isso apenas em datas especiais, eu havia me esquecido de alguma coisa? Quase congelei. ─ Eu perdi alguma data especial, vovó? ─ Perguntei me sentando na mesa. Ela balançou a cabeça enquanto colocava uma cesta de pão junto com as outras coisas na mesa. ─ Não, não. Agora que você vai trabalhar com o mesmo chefe do Mike, terá que tomar um café reforçado todos os dias, não quero ele te estressando como faz com o jovem Mike. Mike perde a cabeça fác
como é bom te ver, Henry.
Enquanto encarava os meus saltos pretos sujos de lama, a raiva só crescia. O barro agora seco, estragou um dos meus saltos preferidos. Eu duvidava muito de que ia conseguir deixar ele tão limpo quanto foi um dia. O barro grudado na barra da calça, começaram a desmanchar e a cair no chão conforme eu ia andando até a sala de Ben Cooper. Como um furacão, como uma tempestade sem aviso prévio eu entrei na sala sem bater. Ben Cooper teve a ousadia de erguer a cabeça, me olhar por um segundo e voltar sua atenção para o computador. Como se eu não existisse, como se eu não tivesse importância. E isso me irritou ainda mais. Fui em direção a mesa e joguei a pasta com os documentos em cima da mesa dele. O objeto escorregou e acabou caindo no chão, abrindo e espalhando os papéis. O homem olhou para a bagunça no chão e ergueu o rosto, me olhando de forma cética e arrogante. ─ O que significa isso? ─ Perguntou. Eu forcei uma risada curta. ─ Você me enviou para lá de propósito, não tinha nece