EZRA D'ARTAGNAN
A manhã fria e mordaz deu lugar a uma tarde mais amena, embora ainda carregasse consigo um frio penetrante. À medida que as horas decorriam rapidamente, a minha mente vagava intensamente, tecendo planos intrincados com Danâe, que, após a revelação sobre Penélope, não exibiu o mesmo humor habitual.
Ela sempre foi uma mulher obediente, um traço que eu admirava nela e, francamente, eu não costumava valorizar o apreço de muitas pessoas.
— Espero que isso não pese do meu lado, Ezra — Ameaçou Eros quando me ligou para me informar sobre a vigilância que mantinha sobre o querido Salvatore.
— A morte é o que menos deve te preocupar, seu covarde.
— A segurança da minha filha e de Sora é o que quero dizer. — Enfatizou em um rugido.
— Eles já estão comprometidos desde o dia em que você decidiu jogar em casa, Eros. Mas não se preocupe, a sua lealdade será bem recompensada.
Ao contrário de Danâe, a obediência de Eros não era baseada no amor, mas na chantagem. Admito que ter controle