O vento frio da manhã percorria os jardins da Mansão Miller, enquanto Bridget observava as folhas dançarem sob a brisa. O dia parecia comum, mas dentro dela tudo estava prestes a mudar. A imagem de Laura, com aquele sorriso doce e manipulador, a acompanhava desde a noite anterior.
Maxwell havia prometido respostas. E naquela manhã, ele finalmente a chamou para conversar em seu quarto.
— Eu chequei os frascos dos remédios de Andrew — disse ele, com a voz baixa, mas firme. — E consegui que um farmacêutico de confiança analisasse o conteúdo. Não é o remédio prescrito pelo neurologista. Estão dopando Andrew com algo que reforça a perda de memória.
Bridget sentiu o estômago revirar.
— Você tem certeza?
— Absoluta. E tem mais... a pessoa que fornece essas fórmulas não está ligada à clínica. Eu fiz uma busca e encontrei um nome em comum nos receituários falsificados. O nome do profissional que aparece em muitos deles é mantido sob sigilo por enquanto, até que tenhamos certeza de sua ligação