A manhã seguinte ao sequestro de Callie amanheceu cinzenta, pesada. O alívio por ela estar bem misturava-se ao peso de tantas revelações mal digeridas. Bridget mal havia dormido. Após prestar depoimento e garantir que Callie estaria sob proteção, retornou para a mansão Miller ainda com os olhos cansados e a mente em ebulição.
Maxwell a esperava na entrada com uma xícara de chá de camomila. Ele estendeu a bebida sem dizer nada, e o silêncio entre eles foi mais confortante do que qualquer palavra.
— Obrigada por ontem — murmurou Bridget, aceitando o chá. — Se não fosse você, eu não sei...
— Não precisa me agradecer — respondeu ele com aquele tom calmo que parecia costurar os cacos do coração dela. — Você não está sozinha nisso, Bridget. Nunca esteve.
Bridget assentiu. De todas as certezas que lhe escapavam, aquela parecia sólida.
No fim da tarde, ela voltou para a Livraria-Café para revisar os últimos detalhes pós-eventos. Foi lá que recebeu uma nova visita inesperada.
Gustavo.
Ele esta