Laura observava pela janela do andar superior, as cortinas ligeiramente afastadas pelos dedos finos. A madrugada silenciava os corredores da mansão, e o jardim iluminado por lanternas suspensas parecia um cenário encantado. Maxwell e Bridget ainda conversavam ao piano, as notas suaves escapando pela brisa noturna. Ela estreitou os olhos, a mão apertando a moldura da janela com força.
— Engraçadinha... — murmurou para si mesma. — Mas o que é dela está guardado.
No quarto, George caminhava de um lado para o outro, enquanto Elizabeth permanecia sentada na poltrona próxima à janela, com os olhos marejados. A conversa entre eles carregava um peso emocional intenso.
— Já passou da hora dele saber — disse George, a voz embargada por algo que soava como culpa. — Não podemos esconder isso para sempre.
Elizabeth suspirou profundamente.
— Eu sei... mas não agora. Andrew está muito frágil. Recuperando memórias aos poucos. Saber que...
Ela hesitou. George completou:
— Saber que ele precisou de tra