Helena sentiu o carro parar na frente da antiga casa da avó com um misto de hesitação e alívio. A fachada conservada, cercada de árvores, parecia mais acolhedora do que nunca. Fazia dias que não se permitia sair de casa e ao fazer isso, percebeu o quanto sentia falta de ver gente, de sentir o vento no rosto, de viver.

- Chegamos...

Disse para si mesma enquanto abria a porta do carro.

Ela respirou fundo, ajeitando a bolsa no ombro antes de descer. A porta se abre no segundo toque da companhia e Norma a recebe com um sorriso no rosto e um abraço caloroso.

- Olá, minha neta. Quanto tempo você não vem me ver!

Disse Norma, com a alegria brilhando em seus olhos.

- Muito tempo, vó. É bom estar com a senhora de novo.

respondeu Helena, apertando mais o abraço na velha senhora.

Dentro da casa, o aroma de ervas frescas e pão recém-assado preencheu o ar. Norma, como sempre, parecia comandar o espaço com naturalidade. O jantar foi leve: uma sopa de legumes com pão integral, acompa