Elaris Stins
A escuridão se dissipou ao meu redor, mas eu ainda podia senti-la, pulsando dentro de mim como uma segunda pele.
Ela já não me assustava mais.
Porque agora…
Eu era a escuridão.
Astris, ou melhor, sua alma, se contorcia dentro da redoma negra que a prendia.
Ela gritava, se debatia, tentando escapar, mas era inútil.
A escuridão se enroscava nela como correntes invisíveis, consumindo-a aos poucos, absorvendo tudo o que ela era.
— Elaris… — sua voz estava distorcida, desesperada.
Mas não havia mais volta.
Não havia redenção.
E eu não me importava.
Minhas mãos se fecharam lentamente, e a sombra apertou sua existência como se estivesse esmagando algo frágil.
E então, com um último grito de puro terror…
A alma de Astris foi devorada.
O corpo do meu cunhado caiu pesadamente no chão, inerte.
Sem ela para possuí-lo, ele estava inconsciente.
Eu respirei fundo, tentando me recompor, e então senti algo mudar no ar.
Uma onda de energia se espalhou pelo campo de batalha, suave, reconfor