Desabafo e Novo Horizonte
Alexandro
O dia clareia com o canto distante de um sabiá. Arrasto-me até o quarto sem acordar Aria, que ainda dorme profundamente, abraçada a um travesseiro.
Meu corpo ainda carrega o peso da confissão de ontem, mas meu coração bate leve pela primeira vez, sinto a crueza do amor como força, não como armadilha.
Visto-me e vou até a sacada privada. O ar fresco de Tiradentes invade meus pulmões enquanto observo o vale estendido abaixo.
Lembro quantas noites passei olhando para o mesmo horizonte, sem encontrar respostas. Agora, o vale parece sorrir para mim.
Desço para a cozinha onde Marcelo
e Samuel já estão discutindo questões de cronograma; Miguel revisa números no tablet, e Sebastião prepara a apresentação de realidade aumentada para o spa. Adriano chega apressado, mas logo para, percebendo meu olhar distante.
— Bom dia, chefe. Ele diz, entregando-me uma xícara de café.
— Bom dia. Respondo, com um sorriso genuíno.
Sento-me à mesa, saboreando o café com ca