— Para onde vocês estão me levando? - o desespero estava estampado em minha face. As mãos fortes dos policiais me puxavam de um jeito nada agradável. Parecia que eu era a criminosa, enquanto eu era somente a pessoa que ajudou a vítima. — Me soltem!
Eles me empurram para uma sala medonha, onde caberia apenas 10 passos. Sou dirigida a sentar na cadeira. Coloco as mãos em cima da mesa, e logo o guarda destrava as algemas. Solto uma lufa de ar. Não estou entendendo nada.
— Bom dia. Sou a delegada Michele Álvares. Como está senhorita Soraya?
— Assustada. Me trouxeram aqui como se eu fosse uma fugitiva da cadeia. Eu não fiz nada.
— Engraçado que todos dizem o mesmo. Eu sou inocente, eu não fiz nada.
— Realmente não fiz nada. Eu tenho certeza que Sebástian deve ter visto quem atirou nele. Não fui eu! Assim que ouvi o disparo, caminhei para a parte externa e pude ver uma pessoa correndo.
— Quem?
— Não consegui identificar. No mesmo momento eu fui ajudar a vítima e identifiquei que tratava do m