— A senhora deveria saber que não é assim que funciona, correto? - o juiz não estava para sorrisos. Soraya concordou e ele pôde dar continuidade. — Por favor, as perguntas dos advogados.
Ingrid foi a primeira. Estava extremamente irritada com a amiga. Nada do que ela falou, elas haviam planejado. Ignorou as suas falas anteriores e focou no processo.
— É verdade que a senhora amou incondicionalmente as crianças, desde o momento que descobriu o nascimento?
Soraya engoliu a seco. Ela sabia que a resposta era não. Pensou por alguns segundos em tudo que havia combinado com Ingrid e com o juramento que acabara de fazer no tribunal. Não seria certo mentir.
— Não. Eu não os amei de imediato. - Ingrid revirou os olhos. — Foi somente após anos que percebi que eu os amava incondicionalmente.
A sua advogada percebeu que ela não iria colaborar, então decidiu mudar de estratégia.
— Você se vê oprimida pelo pai dos seus filhos, e pela mulher que foi expulsa do tribunal? Eles lhe destratam de alguma