— Fontes — Gabriela murmurou olhando para mim — Dos, Fontes, proprietários de uma das maiores companhias de navegação da França?
— Não. — Eu sorri com calma aparente — De outros, Fontes.
Inácio não sabia e não queria que ele soubesse quem eu realmente sou. Eu só saberia quando pedisse o divórcio, usando a meu favor o poder que me daria o dinheiro da herança.
— Se a Tamires fosse milionária, ela saberia — disse Inácio brincando.
Algo no olhar de Freida me disse que ela não acreditava em mim, mas eu não sentia medo, pelo contrário, eu até queria contar a ela sobre minhas tristezas. Eu precisava desabafar, eu precisava de alguém para acreditar em mim ou pelo menos fingir. A solidão nunca me pesou tanto quanto naquela casa. Sim, eu posso ter tido pessoas ao meu redor, mas ainda me sentia tão solitário quanto no internato na Suíça.
— Quem é mesmo? — A Freida perguntou enquanto os outros se divertiam com os jogos.
Suspirei quando vi Inácio sorrir. Eu teria dado qualquer coisa, desde que eu