CARTER
Sentada na cadeira do meu escritório, tomei um gole de uísque enquanto a minha mente repassava a cena familiar entre Natalia e Benjamin.
O jeito como Benny sorria alegremente enquanto segurava a barriga inchada da Natalia, e ela colocava as mãos na dele...
Eles pareciam um jovem casal feliz, ambos conversando com o bebê, o bebê que por um momento senti que era meu.
Algo que prometi a mim mesma que não faria. Jurei manter o foco naquela situação e nunca me apegar como se fosse o pai, mas, aparentemente, não conseguia cumprir promessas.
Eu não conseguia tirar os olhos da Natalia, não conseguia esconder os meus sentimentos por Natalia. Esqueci por um tempo que Benny existia e que a sua família não era minha.
O nó na minha garganta parecia impossível de desfazer. Enchi o meu copo até o álcool transbordar e, com os dedos trêmulos, bebi novamente. O uísque queimava na minha garganta e fechei os olhos com força, tentando banir as memórias.
"Vamos morar juntos."
"A Natalia disse que v