Camila
— Posso saber que carinha é essa? — Levanto meu rosto ao ouvir a voz de minha amiga, me tirando de meus devaneios.
— Oi, amiga. Não é nada — respondo, tentando não entrar no assunto que me deixa com a cabeça em outro lugar.
— Vocês brigaram outra vez, não é? — Luma se senta ao meu lado.
Estou na casa de minha sogra, viemos todos para um almoço, comemorando mais um ano de vida de dona Nádia. Sentei-me no sofá para me distrair, assistindo kayo jogar video game, mas minha mente se dissipou rapidamente.
— Ele não me entende, Luma, mas eu gosto tanto dele — reclamo — Não consigo ficar longe por tanto tempo.
— Você também não o entende, Camila. — Minha amiga toca em meu rosto, me fazendo olhar dentro daqueles olhos verdes penetrantes. — Já se colocou no lugar dele? — Tento abaixar a cabeça, mas ela não permite — E vocês já estão nesse caso que ninguém sabe definir o que é há mais de dois anos.
— É complicado. — Consigo desviar o olhar para a TV novamente. Olho para o meu sobrinho jog