O sol da manhã invadiu o quarto, lançando raios dourados sobre o lado vazio da cama. Hayley despertou com uma sensação estranha, um vazio que ia além da ausência física de Marcos. Era um eco silencioso da noite anterior, um turbilhão de sensações e emoções que a deixavam desorientada. A lembrança do toque de Sara, o calor de seus corpos entrelaçados, o gosto proibido de seus lábios… tudo retornava com uma intensidade perturbadora, misturando-se à culpa lancinante que agora a consumia.
Ela se levantou, o corpo ainda carregando a memória física da intimidade com Sara, uma traição silenciosa ao homem com quem dividia a vida. Marcos. A imagem de seu rosto cansado, de sua dedicação como policial, contrastava dolorosamente com o prazer inegável que ela encontrara nos braços de outra mulher. Como pudera? O que havia acontecido com ela?
A confusão era uma névoa densa em sua mente. A atração por Sara sempre estivera ali, uma corrente subterrânea em sua amizade, mas nunca imaginou que pudesse s