Ele sorriu.
— Não, por que? É gostoso, divertido. Você não gosta de si mesma? Da sua aparência? É insegura?
— Ah, não sou nenhuma novinha — Rayra respondeu.
— Tenho marcas, estrias, celulite para subir num palco e me mostrar na claridade. Me arreganhar. Não dá.
Ela suspirou, um sorriso triste no rosto.
— Então a resposta é sim, sou um pouco insegura. Se eu pudesse, mudaria várias coisas.
Victor ficou surpreso.
— Você não parece ser assim. Sei lá. Todos nós temos algumas coisas para mudar. Para melhorar.
— Eu, por exemplo. — ele disse.
— Tem mulher que não me curte. Sou bem dotado, e elas reclamam da cólica depois.
Rayra se descontrolou em uma gargalhada e ficou corada de vergonha.
— Entendi. Na hora da festa, é só diversão mesmo. As consequências vêm depois. Você já mediu o seu…?
Ele sorriu com maldade, interrompendo-a.
— Não, nunca. Quer saber o tamanho? Está considerando a proposta? Se quiser perguntar qualquer coisa, é só falar.
Rayra se levantou, rindo, tirando a louça do balcão