Peterson a ouviu com atenção, e então perguntou, com um tom de curiosidade em sua voz.
— Você não é jovem o suficiente para viver? Não tem vinte e cinco anos?
Miranda sorriu, exultante, com uma leveza em sua voz.
— Idade são só números, Peterson. O importante é o que tem dentro da gente. E, sinceramente, eu já perdi a habilidade de sonhar. Para mim, isso é coisa de jovem. Conheci algumas pessoas, mas não eram para mim.
Peterson ficou reflexivo por um momento, com a experiência de seus anos pesando em suas palavras.
— Você gostaria de fazer algo em especial durante a viagem? — ele perguntou, com a voz mais suave. — Qualquer coisa que esteja ao meu alcance.
Miranda começou a rir, um riso irônico, achando-o falso demais.
— Não quero te comover e te fazer ter pena. — ela respondeu, com os olhos faiscando.
— Não é pena. — ele rebateu, com a voz calma. — É gentileza.
Ela o olhou nos olhos, arqueando as sobrancelhas com afronta.
— Não existe mesmo homem mais gentil do que aquele que quer com