Peterson não se abalou com a fúria de Miranda. Um sorriso cínico, quase imperceptível, curvou seus lábios. Ele a observou enquanto ela se aproximava, o rosto contraído pela raiva e exaustão.
— O que eu quero? — repetiu ele, com a voz baixa, quase um sussurro, mas carregada de uma ironia mordaz. Seus olhos perfuraram os dela. — Será que realmente preciso responder?
Ele deu um passo à frente, diminuindo a distância entre eles.
— Sua companhia e...
Antes que ele pudesse terminar a frase, Miranda o interrompeu. Com um movimento rápido, ela abriu o portão de sua casa, o metal rangendo em protesto.
— Não estou interessada — disparou, com a voz cortante, a dignidade ferida transparecendo em cada palavra. — Eu não sou garota de programa.
Peterson achou graça na explosão de Miranda, um leve sorriso brincando em seus lábios. Ignorando a barreira que ela tentava erguer, ele se aproximou, diminuindo a distância entre eles.
— Não achei que fosse — ele disse, com a voz calma, mas com um toque de ir