Romeu estava a observando, se aproximou com dó
— Você tem todo o direito de ficar triste.
— É perfeitamente normal, afinal, ele era o seu pai.
Ela o olhou cética
— O que você sabe sobre perder alguém?
— Ou ter um fardo, uma responsabilidade, de algo que não é sua obrigação?
Encostou no balcão, cabisbaixa, com as mãos cobrindo o rosto, ele se aproximou, encostou ao lado, pensando se deveria ou não a acariciar
— Não tenho ninguém no mundo, desde antes de você nascer e ainda estou aqui.
— Você tem uma vida toda pela frente, vocês tem um ao outro.
Ela levantou a cabeça, emotiva
— E veja só, o que aprendeu com isso.
— A ser um grande egoísta manipulador.
Foi saindo no quintal, chamou o irmão para conversar, sentaram no gramado mesmo, ela deu a notícia, perguntou como ele se sentia, disse que ele podia chorar, desabafar. Ele olhou para Romeu de longe, enxugou as lágrimas
— O que vamos fazer?
— Ele vai adotar a gente?
Ela o abraçou também olhando na direção de Romeu
— Ele nunca vai fazer iss