Ele guardou o celular, ignorando o áudio que continuava a tocar.
— É o Dan. — ele disse, a voz tensa, tentando soar mais calmo do que realmente estava. Ele deu um passo à frente e estendeu as mãos para acariciar os braços dela com ternura e alívio fingido.
— Foi preso, finalmente. Encontraram ele ainda de madrugada.
Mas a notícia não trouxe o alívio que ele esperava. Ela recuou instintivamente, evitando o toque e as carícias como se fossem incômodas. Com o semblante tenso, ela caminhou até o sofá e se sentou na ponta, com o corpo rígido.
Seus olhos, fundos e cansados, encontraram os dele, cheios de uma dor amarga e raiva contida.
— Preso. — ela repetiu.
Ele falou cético.
— Isso está longe de acabar, ele vai falar, o motivo da nossa briga.
Ela ficou emotiva pensativa:
— Eu... eu preferia ter morrido ontem à noite. — Sua voz tremeu, mas ela manteve a firmeza.
— E você foi um grande idiota de entrar na frente, de bancar o herói a troco de nada.
Victor sentiu a angústia dela. Ele sento