Durante o trajeto ficaram em silêncio.
Quando chegaram ao apartamento de Victor, ele a ajudou sair do carro, ficou próximo tentando amparar, levou a bolsa. Ele tentou quebrar o silêncio para tranquilizá-la, mas a voz dele pareceu impessoal.
— A enfermeira vai passar aqui todos os dias. Fazer os curativos, ajudar com o banho, qualquer coisa que precisar. Você não precisa se preocupar com nada disso.
Rayra permaneceu completamente calada. Sua mente estava focada em um único objetivo, testar a paciência dele, tirar o dinheiro e vender sua dignidade pelo preço que ela havia estipulado. Ela não daria a ele nem mesmo o conforto de uma resposta, de uma boa relação amigável.
Assim que entraram, ela foi direto para o quarto, que Victor já havia preparado, estava limpo, organizado. Sentou-se na cama com dificuldade, mexendo na mochila.
— Preciso dos remédios. — ela disse, de forma direta.
— E vou fazer uma lista de coisas que preciso da farmácia.
Victor pegou as receitas médicas que estavam e