Quarto 312 — Hotel Serramar
Narrado por Gustavo Henrique Oliveira Andrade
O corpo dela ainda quente no meu.
A respiração dela misturada com a minha.
A guerra de segurar o que queria explodindo por dentro.
Lorena se ajeitou no meu colo mais uma vez.
O quadril roçando no meu.
A maldita covinha piscando no canto da boca.
Ela virou o rosto de esguelha e disse, a voz cheia de faísca:
— Vamos sair, general?
— Caminhar na praia, jogar vôlei...
— Antes que você morra de tanto autocontrole?
O sorriso dela era puro desafio.
O olhar, ainda mais.
Fechei a cara.
O sangue ainda fervendo nas veias.
— Não. — respondi seco.
— Agora não.
Tentei focar no laptop de novo.
Tentei.
Mas ela não deixou.
Lorena riu, baixa, e lançou, venenosa:
— Então acho que vou chamar o professor da academia pra me fazer companhia.
O estômago virou.
O sangue ferveu de um jeito que ameaçou explodir.
Larguei o laptop na hora.
Meus olhos encontraram os dela.
Sérios.
Pesados.
Cheios de aviso.
— Nem brinca com isso, Lorena. — ros