34. Armadilha
Karev
O primeiro passo para dentro da floresta foi como atravessar uma barreira invisível. A clareira, iluminada pela lua, ficou para trás enquanto a escuridão da mata me envolvia completamente. O silêncio era esmagador, quebrado apenas pelo farfalhar das folhas ao vento e pelo som distante de animais se movendo na vegetação.
Cada fibra do meu corpo estava alerta. Meu lobo vibrava sob minha pele, ansioso para tomar o controle, para se libertar e lidar com qualquer ameaça que surgisse. Mas eu o mantive sob controle. Essa não era uma prova para o meu lobo. Era uma prova para mim.
Meus olhos se ajustaram rapidamente à penumbra, absorvendo cada detalhe do ambiente ao meu redor. A lua mal conseguia atravessar a copa das árvores, criando sombras distorcidas que pareciam se mover quando eu piscava.
Respirei fundo, filtrando os cheiros ao meu redor. Terra úmida, madeira, a presença de animais próximos… e algo mais.
O cheiro de Jackson e Modrik.
Eles estavam perto.
E, pelo jeito, não estavam p