Na cidade, tudo estava um completo caos. Margareth havia conseguido levar seu pai para casa, após pedir ajuda a Vicent, o xerife, que pediu a dois de seus policiais que o levassem nem que fosse a força.Irritado, Tom aceitou ir para casa, mas não deixou de dizer a seu melhor amigo, o quanto estava furioso por estar ficando de fora de tudo aquilo, após o ajudar com toda a investigação.O xerife bateu novamente em sua mesa, furioso com tudo o que estava acontecendo, alguns homens que já estavam o visitando quase que diariamente, pedindo uma solução para aquelas mortes na cidade, invadiram sua casa e encontrarão em seu porão, o seu quadro de investigação do caso, um totalmente diferente do que havia em sua sala na delegacia.Como Margareth estava fazendo companhia para Tom e com a morte de Grace, ele não quis incomodar seu amigo com aquilo. Vicent passou noite atrás de noite acordado, juntando cada peça daquele quebra cabeça, que o levou a dois suspeitos, do qual ele observou a distância
Benjamin ainda sentia o peso da pata da fera apertar seu peito, o que já dificultava sua respiração. Logo o peso foi saindo, pois a fera que olhava em seus olhos, tinha a intenção de assim como nas outras vezes, de sair correndo dali.Porém Benjamin não podia permitir, ele e Logan deduziram que a fera fugia, pois sentia suas forças diminuírem com aquele olhar, a fera sentia que aquilo poderia ser o seu fim, por isso se afastava. Então Benjamim agarrou firmemente aqueles pelos macios, fazendo força para segurá-lo e mantê-lo ali, mesmo que estivesse com uma dor insuportável em sua mãe direita, causada pelo espelho.Ben continuava com o contato visual e o lobisomem sentia suas forças se esvaindo, mas não conseguia desviar seus olhos vermelhos daqueles belos olhos âmbar. Era como se um imã puxasse seu olhar naquela direção. Por mais que ele lutasse para desviar, parecia impossível.Com isso a fera começou a sentir muita dor, sua pata que ainda permanecia sobre o peito de Benjamin, voltou
Tudo parecia silencioso demais, até que vozes foram ouvidas bem ao longe, soando baixas, mas notava-se agressividade.— Já disse que quero você longe dele e da nossa família!— Margareth, me ouça, eu...— Não tenho nada para ouvir senhor White, por favor saia, ou vai deixá-lo agitado.Um silêncio predominou e a escuridão voltou, apenas por um curto tempo, pelo menos era que o Benjamin pensava.— Calma filha, ele vai acordar, não ouviu o que o médico disse mais cedo, amanhã vão tirá-lo dos sedativos.A escuridão volta e um raio de luz o incomoda, Benjamin estava sendo examinado mais uma vez naquele dia, o médico mirava a pequena lanterna em seus olhos, um de cada vez, para que pudesse ver seus reflexos. Benjamin, ainda não conseguia reclamar, dizer o quanto aquilo estava incomodando, não que ele não estivesse tentando, mas era impossível, por mais que lutasse para pedir para ele parar, ele agora estava mirando aquela luz no seu olho esquerdo.Finalmente a paz, ou seria apenas impressão
Como previsto, Benjamin ganhou alta em 48 horas, mas precisava manter repouso, para sua recuperação completa.Eles foram para a casa de seu avô, que foi ficou o caminho todo falando sobre a confusão na cidade, pois ainda estavam na caçada do Logan, mas este havia fugido para a cidade dos grandes, como ele costumava dizer.Benjamin ficou em silencio o caminho todo, ele já havia percebido que não era nada viável perguntar ou falar sobre seu namorado para eles e ele entendia e respeitava, afinal, apenas ele via Logan como ele realmente era e entendia que tudo aquilo no fundo, não era culpa dele.Já deitado, ele viu seu celular sobre a mesinha ao lado da cama de colcha rosa, daquele mesmo quarto que um dia fora de sua mãe, ele estendeu o braço, pegando o aparelho e discando o número de Logan.— Alô? Benjamin? É você? — A voz de Logan soou apressada e grave, fazendo Benjamin sorrir, aliviado em saber que Logan estava aparentemente bem.— Oi, Sou eu. Você está bem? Nosso plano funcionou, nã
Benjamin corria como nunca feito antes em sua vida. Sua cabeça girou mais uma vez para trás a procura de algo que não estava mais ali. Apoiando as mãos em seus joelhos ele tentava regularizar sua a respiração, enquanto ainda permanecia atento à sua volta. " Por que diabos eu não ouvi a vovó?" Ele pensou enquanto erguia o corpo já com a respiração quase normalizada.Do nada o silêncio que dominava aquele estacionamento vazio do supermercado da cidade acabou, ele podia ouvir novamente aquele grunhido as suas costas. Ben não tinha mais forças para correr, suas pernas tremiam igual duas varas bambas, só restava para ele torcer para sobreviver.Lentamente Benjamin se virou ficando cara a cara com a fera. Um bicho enorme e peludo, seus dentes amarelos e afiados, aqueles olhos avermelhados sombrios e aquelas garras medonhas, seus olhos fixaram naquelas garras enormes que se fecharam em seus braços.Benjamin subiu seu olhar novamente para aqueles olhos vermelhos que o encaravam, precisava ten
Pela manhã Benjamin acordou assustado com sua avó batendo insistentemente na porta do quarto.— Oi vovó. — Ele disse ainda deitado.— Acorda menino, já é quase hora do almoço, preciso que vá ao mercado para mim.— Mas vó, é domingo, dia de dormir. Aonde está o vovô?— Ele foi a cidade vizinha, buscar o peixe para o almoço. Vamos levante-se menino.Ben sentou em sua cama esfregando as mãos em seu rosto, ainda sonolento, olhou para o relógio rosa na mesinha de cabeceira que indicava que eram dez e meia da manhã.— Ela tem coragem de dizer que é quase hora do almoço.Ele resmungou e respirou fundo antes de se levantar, vestiu uma camiseta preta e calça jeans rasgadas na frente, calçou um All Star preto e saiu do quarto ainda esfregando os olhos.— Vovó?— Aqui na cozinha filho.Benjamin desceu as escadas, indo até a cozinha, onde pegou uma maçã na fruteira, deu uma mordida e beijou o rosto da senhora de cabelos brancos e cacheados, que pareciam nuvens fofas.— Bom dia vovó.— Quase uma b
Ao chegar em casa, Benjamin agora tinha duas coisas rodando em sua cabeça, Logan, aquele cara sexy do mercado e dono de uma das maiores produtoras musicais do país e aquele lobisomem, com tivera o desprazer de encontrar na noite anterior. Como faria para encontrar com ambos novamente??Após deixas as compras na cozinha, Benjamin subiu para o quarto e pegou seu notebook na mesinha de estudos, sentou-se na cama, colocando o computador sobre suas coxas. Ele ligou a máquina e abriu na página de buscas, pesquisando primeiro o nome Logan White.De cara já apareceu uma foto de Logan na tela, o homem vestia um belo terno azul marinho, seus cabelos estavam presos em um coque e ele tinha um olhar sério, mostrando ser um homem de negócios, diferente do que Ben havia visto no mercado, onde o encontrara totalmente descontraído.— Nossa, você fica ainda mais gato de terno senhor Logan. — Ben disse baixinho para si mesmo.Ele abriu a página, em um site, vendo algumas informações sobre Logan." Logan
Logan saiu do mercado e caminhou até seu carro, onde jogou as sacolas no banco detrás, ele entrou no carro e saiu dirigindo para fora do estacionamento. Seu carro era grande, um 4X4 preto, com os vidros igualmente negros. O que tornava impossível de alguém vê-lo dentro do veículo.— Que rapaz mais atrapalhado. — Logan disse rindo a si mesmo. — De onde eu o conheço? Ele não é estranho, sinto que já o vi em algum lugar, mas onde Benjamin, onde?Logan dirige até sua casa, que era um pouco mais afastada da pequena cidade, do outro lado do grande bosque. Após pegar a estradinha ele dirigiu mais uns três quilômetros até sua casa, na beira do lago, ele desce e após pegar as sacolas no carro, ele olha para trás, ouvindo o barulho de um barco se aproximando, ele já sabia bem do que se tratava e respirou fundo, buscando dentro de si a paciência a neutralidade que precisava ter naquele momento.— Droga, de novo?Ele para ainda segurando as sacolas em suas grandes mãos e vê o xerife se aproximand