Por muito tempo não houve nada além do vazio, da escuridão.
Então, a luz dos olhos castanhos do seu amor resplandeceu e quando a imensidão esverdeada encontrou o rosto preocupado daquele que chorou por ela por dias e noites sem descanso, finalmente Charlotte Capman descobriu que o amor pode ser muito mais valioso do que ela um dia imaginou.
— Lucian? — ela o chamou, vendo-o erguer o rosto lentamente.
Charlotte observou a expressão cansada, as olheiras fundas e os olhos avermelhados dele se direcionarem a ela como se encarasse uma miragem. Lucian tinha sua barba por fazer e seus cabelos castanhos caiam sobre sua face, claramente ele não havia saído dali um segundo sequer, não havia deixado-a em momento algum.
Então, depois de alguns instantes de choque e medo de, mais uma vez, seu cérebro estar lhe pregando uma peça de mal gosto, como havia acontecido antes, Lucian se ergueu, inclinando o corpo sobre ela e lhe tocando o rosto como quem pega um frágil cristal.
Charlotte inclinou