Cassie suspirou quando a tela preta do celular se recusou a acender pela terceira vez. Tentou o botão de ligar, mas nada. Além da falta de bateria, também não havia sinal. Nenhuma barrinha de rede, nenhuma conexão com a vida que deixara para trás.
— Droga… — murmurou, largando o aparelho sobre a cama.
Sentiu um frio no estômago. O ciclo dela estava sempre controlado pelo aplicativo, e agora, sem calendário, sem aviso, sem como contar os dias, a insegurança a deixava inquieta. O jeito era procurar por alguém que entendesse.
Com passos rápidos, saiu da cabana e seguiu até a casa maior onde ficava a clínica de Matt. O lugar já lhe chamara a atenção antes. Amplo, organizado, com cheiros de ervas e medicamentos se misturando ao de madeira encerada. Empurrou a porta com cuidado e entrou.
Matt estava lá dentro, organizando alguns frascos em uma prateleira. Quando a viu, abriu um sorriso simpático, o cabelo loiro bagunçado caindo sobre a testa.
— Cassie? — ele ajeitou os vidros. — Aconteceu a