Elisabete
Minha mãe sempre dizia que ouvir atrás da porta uma conversa que não era comigo, era muito errado. Porém, naquele momento expulsei a imagem da minha mãe da minha cabeça e ouvi cada palavra que foi dita naquela sala.
Primeiro achei que pisei em cocô de vaca, para ser tão azarada e ter rios de mulheres atrás do meu namorado, mas depois fui invadida por um sentimento de orgulho e de alegria que nem podia descrever.
Agora eu estava me sentindo como uma criança que ganhou de presente o brinquedo que mais queria. O sorriso bobo em meu rosto demoraria muito tempo para me abandonar.
Antes que a mocreia, que acabara de ser demitida, saísse, corri para dentro da minha sala e me fiz de inocente, para que ela não soubesse que eu ouvira toda a conversa.
Não demorou muito para que Henrique entrasse pela porta. Ele estava claramente chateado, mas nem pude disfarçar o sorriso.
— Por que está com essa cara? — Perguntei aproximando-m