Hoje foi o dia que precisei levar minha filha para colher o sangue para a realização do exame de paternidade. Estava tranquila esperando a minha vez quando, de repente, Ramón surgiu com Priscila ao seu lado. Os dois ficavam me encarando, e aquilo estava me dando nos nervos.
— Amiga, por que esses filhos da puta tiveram que vir hoje? — Joyce me perguntou, encarando-os.
— Não faço ideia, só espero que eles não venham aqui.
E como pensar ou falar em coisas as atraem, os dois se aproximaram de nós. Joyce já se levantou e eu pedi para ela se manter calma.
— Oi, Maria Fernanda. — Ramón se aproximou e minha filha se agarrou em mim.
— Quem é você?
— Eu sou o…
— Ninguém importante, filha. — Ramón ergueu uma sobrancelha e dei de ombros.
— Então vai ser assim? — Priscila perguntou.
— Vai ser assim como, cadela de guarda?
Priscila fechou a cara e ficou me encarando. Ramón se aproximou e minha filha escondeu o rosto no meu braço.
— Oh, Nandinha! Por que você não olha pra mim?
— ‘Po que’ não ‘quelo