Priscila Barcella
Acordei com uma fresta de sol invadindo o quarto pela janela. Me espreguicei na cama — fazia tempo que eu não acordava assim, com calma. Abri os olhos e, ao olhar para o lado, vi o berço vazio... e o Liam também não estava ali.
Logo avistei um bilhete deixado por ele sobre o criado-mudo. Me levantei devagar, surpresa ao perceber que não sentia enjoo, nem tontura. Eu estava bem. Peguei o celular para ver as horas: 9h45. Quase não acreditei. Me espantei com o horário — acho que nunca tinha dormido até tão tarde, mesmo nas noites mais difíceis.
Tomei um banho sem pressa. O Liam tinha me pedido para descansar, e, dessa vez, resolvi obedecer. Enchi a banheira com água morna e deixei meu corpo relaxar por inteiro. Era como se, pela primeira vez em muito tempo, eu conseguisse respirar fundo sem sentir dor.
Ao sair, passei hidratante pelo corpo, sentindo a pele absorver cada gota. Meus seios ainda doíam — era o sinal claro de que Nina já devia estar com fome. Mas logo ela es