A última semana antes do casamento chegou com a força de um vendaval. A mansão, que antes era silenciosa e imponente, agora fervilhava com o vai e vem de decoradores, floristas, costureiras e músicos em ensaios discretos. As paredes, testemunhas de tantos silêncios e lágrimas, agora ecoavam risos, passos apressados e uma expectativa que parecia enfeitiçar até o ar.

Alice acordava cedo, mas dormia pouco. Não por insônia — e sim por emoção.

Ela organizava pessoalmente cada detalhe. As flores seriam lavanda e lírios brancos. O altar, montado no jardim da parte de trás da mansão, onde o sol da tarde batia de forma suave, seria rodeado por cortinas translúcidas e pequenas luzes penduradas em fios invisíveis. Ela queria que o casamento fosse como a história deles: simples, mas com alma.

"Você tem certeza de que não quer um evento maior?", Daniel perguntou, observando-a ajustar a fita do convite de última hora.

"Absoluta", respondeu ela. "Já é grande demais só por estar acontecendo."

Daniel