138. A chegada de Matteo e o retorno do guardião da floresta
A mansão Calegari vivia, nos meses que se seguiram, em um estado de doce e efervescente expectativa. A notícia de mais um neto a caminho enchera os corações de todos de uma alegria que parecia transbordar por cada corredor, por cada jardim. Sofia, em sua segunda gestação, era paparicada por toda a família. Jessica, agora uma avó experiente, era sua maior fonte de apoio e tranquilidade, enquanto Dona Lúcia e Dona Matilde competiam para ver quem tricotava os mais belos e macios sapatinhos de lã.
Luigi observava tudo com um sentimento de plenitude que o emocionava. As feridas de seu passado, as cicatrizes da traição e da vingança dos Moretti, pareciam agora pertencer a uma era geológica distante. A felicidade de seu presente era tão sólida, tão real e tão vibrante, que ofuscava qualquer sombra de outrora. Ele era o patriarca de um clã feliz, um homem que encontrara em sua família o seu verdadeiro império.
A comunicação com Gabriel na Amazônia era esporádica, mas cada carta ou chamada de