A partida de Gabriel para a Amazônia inaugurou uma nova estação na vida de Luigi e Jessica. O ninho, antes tão cheio e barulhento, agora tinha um silêncio a mais, uma cadeira vazia à mesa da fazenda que era um lembrete constante da ausência do filho mais novo. Viviam em um misto de orgulho pela coragem dele e uma ansiedade latente por sua segurança. Cada chamada de seu telefone via satélite, com a voz cheia de estática, mas vibrante de entusiasmo, era um evento celebrado, uma janela para o mundo selvagem e fascinante que seu filho agora habitava.

Gabriel contava sobre o trabalho exaustivo de monitoramento de primatas, sobre as noites dormidas em redes sob o dossel da floresta, sobre a sabedoria dos povos ribeirinhos e sobre a beleza avassaladora e, por vezes, aterrorizante, da natureza em seu estado mais puro. E em cada palavra, Luigi e Jessica ouviam a voz de um homem se formando, de um jovem encontrando seu propósito da maneira mais autêntica possível.

Com o caçula trilhando seu pró