O tempo, na Toscana, parecia correr em um ritmo diferente, um compasso ditado pelo ciclo das estações, pelo brotar das vinhas, pelo amadurecer das olivas. Quase dois anos se passaram desde que a família Calegari chegara à Tenuta Bellasole. O que antes era um projeto, um sonho empoeirado, agora era um lar vibrante e uma empresa florescente.

A villa, sob a supervisão de Luigi e a alma de Jessica, renascera. As paredes de pedra antiga haviam sido restauradas, as vigas de madeira tratadas, e os interiores, decorados com as peças garimpadas por Jessica, contavam uma história de bom gosto, de conforto e de amor. O jardim orgânico, o orto, era uma fonte de legumes, verduras e ervas que perfumavam a cozinha e abasteciam a mesa não apenas da família, mas também de um pequeno restaurante que haviam ajudado a montar na vila vizinha, parte do braço social do projeto. Os vinhedos, replantados com as melhores mudas de Sangiovese e outras castas locais, cresciam com um vigor que prometia uma primeir