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Ninguém se mexeu dentro da sala, pelo menos os humanos. Lord, por seu lado, aproximou-se dos dois sentados como um predador e rosnou-lhes em voz baixa mas ameaçadora. Selena sabia que não se devia aproximar naquele momento, algo a prendia firmemente no lugar e ela não sabia o que era. Só quando o lobo subiu para a poltrona de dois lugares à frente deles e se baixou, fazendo-a ranger sob o seu peito, é que a humana conseguiu respirar. Pelo menos não haveria sangue a correr.Agora vinha a parte mais difícil. Explicar tudo. E não seria fácil.-Este... é o meu cão. É um bocado grande- disse ela com um sorriso desconfortável e, não só isso, como também uma grossa gota de suor lhe escorria pela têmpora.Os dois homens olharam-no com incredulidade. À distância, conseguiam ver que não era um cão, mas em vez de ficarem impressionados com o animal, pareciam nervosos, especialmente agora que ele só os olhava da sua posição.Selena aproximou-se e sentou-se no pequeno espaço deixado no armário ao
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Eu devia ir à festa- disse Serena para si própria enquanto servia o prato de comida a Lord e, perante as suas palavras, o lobo levantou a cabeça e rosnou-lhe: -O quê? Eu também tenho direito a uma vida social- sentiu-se louca por ter aquele tipo de conversa com o seu animal de estimação.Ela podia ter uma vida social, mas não podia ir a uma festa onde o objetivo final era dar uma queca, e era isso que Lord não queria de todo. Era para isso que ele estava ali, para que ela o fodesse, afinal de contas ele era o seu companheiro. Segundos mais tarde, ele levantou as orelhas com uma ideia na cabeça.Ele não gostava de multidões, preferindo ficar num canto sossegado a descansar depois de um dia atarefado, ou a correr pelos seus terrenos, mas o seu beta era especialista em sair da alcateia à noite e ir a essas festas. Ela tinha-o visto regressar várias vezes no dia seguinte com o cheiro típico de um lobo que tinha acasalado e não de uma loba. Senas tinha uma queda especial por humanos. Dizia
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Em boa hora tinha comprado as coisas para dar banho ao lobo, a única coisa que não esperava era que, com a espessura do pelo dele, tivesse levado quase metade do frasco de champô, para além do tamanho dele. E, pelo que parece, o animal estava a gostar do banho, especialmente quando ela lhe esfregou o pescoço, criando uma boa espuma.-protestou ela enquanto se sentava na banheira, pois estar ali a lavar uma anima tão grande tinha-lhe esgotado as costas e os joelhos.Lord sentou-se em frente a ela com os olhos fechados, apreciando as mãos dela no seu corpo e bufando com os seus protestos. Talvez ele se pudesse sujar mais vezes, só pela sensação.Passado algum tempo, a espuma era demasiada no seu corpo e ela abanou, fazendo com que parte dela caísse sobre a mulher que se cobriu com um grito, ficando toda manchada e até com uma touca no cimo da cabeça.Serena fechou os olhos e, quando os abriu com uma careta, levantou o regador e encharcou a cara do lobo com força. O lobo recuou e rosnou
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O olhar cristalino de Serena, que se desprendia das lágrimas que se formavam nos seus olhos, encontrou o do seu animal de estimação. A sua mão enterrou-se no pelo do pescoço dele e acariciou-o.-Sinto que me esqueci de algo importante- foram as suas primeiras palavras, -Aqueles pesadelos, as novas mudanças neles, e agora- fechou os olhos e as lágrimas escorreram.Levou a mão à cara e tentou respirar. Apesar de ter sido um sonho, o rosto do homem estava agora nítido e ela sentiu que era o mesmo homem que costumava aparecer agora no fim dos seus pesadelos. Se ao menos ela soubesse quem ele era, talvez pudesse aprender sobre o seu passado, sobre si própria.Ela não se importava antes, mas tinha sentido a ligação com ele e a forma como ele a tratava. A forma como ele olhava para ela, não como um pai, um irmão ou um familiar, mas como algo mais precioso, mais belo. Cada músculo do seu corpo indicava tanto possessividade sobre ela como proteção, e sentia-se tão bem. Como se fosse ali que el
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Podia ser uma cidade pequena, mas a festa que estava a decorrer não tinha qualquer sentido de ser pequena. A música podia ser ouvida de várias casas atrás e, quando Serena chegou ao local, ficou impressionada.Era a única discoteca da cidade, um edifício grande e comprido. De onde eu estava, ouvia a música e os gritos das pessoas, havia um cheiro bastante forte a álcool e um cheiro que, embora não me fosse familiar, sabia o que era e estava relacionado com sexo. Portanto, fosse qual fosse a perspetiva, esta não era uma festa normal. Engoliu em seco e interrogou-se sobre o que estaria realmente a fazer ali. Ela não era do tipo que se envolvia naquele tipo de atividade, muito menos se deixava apalpar por qualquer homem num local. Era como se o seu corpo sentisse repulsa ao contacto com um estranho.Respirou fundo e endireitou os ombros, considerando seriamente se devia voltar para trás, talvez a coisa mais sensata a fazer, mas antes de se virar foi chamada. Ela olhou para cima e viu o f
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Depois de dizer isto e de reparar na cara do homem, Serena não pôde deixar de se rir.-Desculpa, desculpa- tapou a boca quando até Senas desviou a atenção dos seus companheiros de noite e olhou para a companheira do seu alfa.Só havia uma pessoa que podia gozar com ele e essa pessoa era a Luna. Era sem dúvida ela. E o facto de ela ser agora grande e também muito mais bonita do que antes encheu-o de orgulho, uma lua assim na alcateia seria certamente benéfica, talvez não tanto para o seu alfa que, pelo seu cheiro, parecia não saber se a devia repreender ou comê-la ali mesmo.Eu não perco tempo- foi o que ele disse, fazendo a outra ouvir antes de agarrar a cabeça da outra loba e começar a devorar-lhe a boca, picando-lhe os lábios com as presas. A mulher estremeceu nos seus braços.Lord, por seu lado, rodeou-lhe a cintura entre as suas e puxou-a mais contra si. Serena colocou as mãos no peito quase completamente nu dele, deixando o jogo de músculos duros sob as palmas das mãos. A distânc
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Serena nunca acreditou na frase que as pessoas diziam que ele lhe tinha comido a boca, parecia muito exagerado, mas neste momento era isso que ela estava a sentir. Este homem não a estava a beijar, estava praticamente a devorá-la. Ela sentia os braços dele agarrados ao seu corpo e não tinha forma de escapar, nem que quisesse. As pernas tremiam-lhe tanto que, se tentasse levantar-se, não conseguiria.O estranho soltou-lhe os lábios apenas por alguns segundos para a mover e agilmente a deitar no sofá e a ele em cima dela. De novo ele agarrou a sua boca, a sua língua procurando a dela. Ele parecia gostar de brincar com ela, ela até sentia ligeiras picadas que, longe de a magoarem, a estimulavam.Serena podia dizer que nunca se tinha sentido tão molhada na sua vida, quanto mais com um estranho. Tomou como certo que as suas cuecas estavam encharcadas e que, se ele lhe tocasse só um bocadinho naquele momento, não demoraria muito a vir-se.Desta vez, as mãos dela foram para o pescoço dele e
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Outra pessoa ter-se-ia perguntado como é que um desconhecido sabia como entrar em sua casa, e onde ficava o quarto e a cama, e teria ficado aterrorizada. Em vez disso. Selena, nos braços do homem, apenas apertou mais as pernas à volta da sua cintura enquanto ele a beijava e, longe de ter medo, estava fascinada e ansiosa por ver como aquilo iria continuar.Não havia uma única parte dela que não latejasse e ansiasse por ser tocada. O cheiro do homem era cada vez mais forte, mais tentador e deixava-a ainda mais molhada do que já estava. Ela sabia que ia estragar-lhe as costas, mas agarrou-se aos seus ombros sem qualquer intenção de os largar.A sua proximidade e o seu calor eram tão gratificantes e, no entanto, tão... familiares.Lord entrou no quarto dando um pontapé na porta, com dores em todas as ancas devido à excitação, especialmente no seu membro, onde tinha a certeza de que a base iria inchar em breve com o início do nó. Que se lixe, tinha finalmente a sua companheira nos seus bra
Último capítulo