capítulo 159: erro delicioso

Astar*

A aldeia dormia mergulhada em silêncio, iluminada apenas por algumas chamas bruxuleantes e pela névoa tênue que se arrastava rente ao chão. Mas, dentro de Astar, o silêncio era impossível. A mente pulsava em desordem. Longe de casa, da segurança do lar, dos irmãos. Longe até de si mesmo. Já não conseguia sentir a presença do seu lupino interior. Era como se tivesse sido arrancado. Substituído por lembranças violentas demais para suportar.

Abaixou a cabeça, os olhos perdidos no chão de terra batida, tentando, em vão, acalmar o redemoinho de angústia dentro do peito.

— A vampira chama por você.

Ergueu o rosto devagar. O velho curandeiro o observava, a pele pálida e esticada sobre ossos marcados, os olhos fundos e severos.

— O quê? — murmurou.

— Você ouviu. Venha. — E se virou, arrastando os pés na direção da tenda.

Astar hesitou. Por um momento longo demais. Mas acabou cedendo. Os passos eram pesados, lentos, como se atravessasse um pântano feito de lembranças ruins.

A lona se ab
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