Collin*
Ela engoliu em seco, o olhar cravado nos olhos escuros e frios daquele monstro. Cada palavra precisava ser medida, cada gesto podia custar a vida de Eve.
— Me dê sua palavra que vai deixá-la ficar comigo e trazer o que ela precisa.
Maden gargalhou com gosto, como se aquela súplica fosse uma piada de mau gosto.
— Minha palavra? Ah, filha... — aproximou-se das grades com calma. — Você deveria saber melhor do que ninguém que a minha palavra... não vale merda nenhuma. — inclinou a cabeça, sorrindo como uma fera que saboreia a fraqueza da presa. — Acha mesmo que vou cair nesse papinho emocional? Estamos tão atrasados pra esse tipo de jogo.
Ela se manteve firme, mesmo com o sangue latejando nas veias.
— Eu não estou jogando... só quero garantias.
— Eu também, querida. — respondeu, como se estivessem trocando confidências em um jantar de família.
Collin olhou para Eve. Ela ainda estava caída no chão, os olhos entreabertos, respirando com dificuldade. O sangue seco em sua pele parecia