Alade explodiu.
Num segundo, já estava sobre ele. Seus punhos desceram contra o rosto de Aaron como martelos — impiedosos, desgovernados, tomados por um ódio que não pedia permissão.
— SEU DESGRAÇADO! EU TE ODEIO! SEU MALDITO INFELIZ! VOCÊ MERECE A MORTE! — gritou com uma fúria primal, seus olhos ardendo, o corpo inteiro vibrando numa tempestade de dor e raiva.
Ele tentou recuar, mas ela era um vendaval. Ele então agarrou seus braços, tentando imobilizá-la. Mas Alade era selvagem, um animal em chamas. Gritava, se debatia, chutava, o olhar tomado por algo mais do que humano.
Dentro de si, seu lupino urrava — batia contra os ossos, contra a pele. Um monstro implorando para emergir e rasgar Aaron com as próprias presas.
— Fica quieta, porra! — ele rosnou, tentando segurá-la com mais força.
— SOLTA O MEU IRMÃO, SEU BASTARDO! — gritou, e com uma força que nem sabia ter, arrancou uma das mãos e enfiou dois dedos no olho dele.
Aaron gritou. Um som agudo, cru. Ele cambaleou, mas não a soltou.