Rebeca
Depois de pegarmos as malas, seguimos para fora do aeroporto em busca de um táxi. Precisávamos de dois, já que minha mala sozinha ocupava praticamente todo o porta-malas de um carro.
— Rebeca, para que você trouxe tanta coisa para passar apenas alguns dias? — Letícia implicou, levantando uma sobrancelha.
— Como assim? É para usar, é lógico. Me deixem com as minhas coisas, tá? E se surgir um turco gato no casamento do amigo do Roberto? Vai que ele me convida para um passeio romântico…
Camila suspirou.
— Parece que o remédio realmente afetou os neurônios dela…
— Você já tem um turco para pensar — Letícia acrescentou, me lançando um olhar significativo.
Suspirei, cruzando os braços.
— Eu não vou vê-lo. E, sinceramente, seria um alívio encontrar um substituto. A vida segue, minhas amigas. Não posso me dar ao luxo de ficar presa a um homem que não posso ter.
Entramos no táxi, e a cada metro percorrido, meu encantamento só aumentava. As ruas, os edifícios, as luzes… Tudo par