Rebeca
Meses se passaram desde que conheci Rahmi, e, por mais que tente, não consigo arrancá-lo da minha mente ou do meu corpo. É um tormento. Um homem que esteve comigo por uma única noite não deveria ter esse poder sobre mim. Mas tem.
O pior de tudo? Sinto falta dele.
Não apenas do prazer que me proporcionou, mas da maneira como me olhava, como se me enxergasse de um jeito que nenhum outro homem fez antes. Como se, naquele instante, eu fosse a única mulher no mundo. E talvez seja essa a verdadeira maldição: saber que, por uma noite, experimentei algo que não consigo encontrar em mais ninguém.
Tentei seguir em frente. Conheci outros homens, tive outros encontros, mas todos foram decepcionantes. Parece que, depois dele, nada mais me satisfaz. Me pergunto se foi apenas o desejo momentâneo, ou se existe algo mais profundo nesse vínculo que eu me recuso a aceitar.
Eu nunca fui do tipo que se apega. Sempre fui dona do meu próprio destino, livre para viver como quiser, sem dar satisf