A cena em si é uma tortura.
Um tipo de suplício silencioso, daqueles que não se pode gritar, nem reagir. Apenas engolir seco enquanto tudo dentro de mim arde.
Ver Lia nua naquela banheira ridícula, envolvida nos braços de Logan como se ele fosse algum tipo de herói de romance barato, é um teste para minha sanidade. O tipo de tortura emocional que nenhum manual de direção de fotografia preparou. Ela está ali, encenando prazer, gemendo baixinho de acordo com a direção, com as mãos pousadas no peito dele e o rosto virado para o lado — justamente o lado onde estou com a câmera. O rosto dela, molhado de água e espuma, ainda carrega aquele brilho suave, e eu me odeio um pouco por achar que mesmo naquela situação, ela continua sendo a mulher mais l