Bruno Alcântara
Ver o Júlio envergonhado é engraçado. Acho que eles finalmente se acertaram e engrenaram o relacionamento. Terão muitas histórias para contar aos filhos.
— Está bem, minha Safira. Você volta para a cama e cuidado para não dormir demais e perder a hora da quimioterapia da sua mãe. Não se preocupe, que tomarei cuidado. Vou conversar com o Marius sobre o que você me pediu.
Ele a deixa no carro e a beija, depois volta para onde estou e entra no banco ao meu lado. Fico olhando para ele, desacreditado com o que acabei de ver.
— O que foi, Bruno? Por que está me olhando com essa cara? — Levanto as mãos e apenas sorrio. Ele põe o cinto e faz cara de irritado.
— Só estou impressionado com o que vi. Os dois pombinhos quase não se largam. Quer dizer que ela é a sua “Safira”, é? — Começo a rir da forma carinhosa com que ele a tratou.
— Ah, cala a boca e vamos logo. Quanto antes chegarmos, mais rápido eu volto. Ando preocupado com a minha sogra; acho que ela não vai aguentar muito