Carolina Alcântara
Já sinto saudades do Bruno. Acostumei-me a dormir sendo abraçada por ele, com sua mão sobre nossa sementinha , que agora resolveu virar circense, vive dando cambalhotas e usando minha costela como trampolim.
Esta noite dormi muito mal. Não conseguia achar uma posição confortável na cama, e o inchaço nas pernas está me deixando preocupada.
São pouco mais de 3h da manhã, e desisto de ficar na cama, me revirando como uma lagartixa no asfalto quente. Pego minha camisola e ponho por cima do pijama, calço um chinelo e vou andando devagar , sinto o incômodo nos pés. Abro as portas da varanda e desço para o jardim. Preciso caminhar um pouco; talvez assim consiga relaxar e pegar no sono.
Ando por todo o labirinto do jardim devagar e, quando olho para a área da piscina, vejo que está iluminada. Vou até lá. Talvez seja o Alex nadando, e quem sabe dê para conversar um pouco , assim talvez eu consiga descansar.
Caminho lentamente e começo a ouvir gemidos. Na verdade, soa como um