Bruno Alcântara
Sério que a Carolina incentivou minha mãe a se envolver com um mafioso? Pior ainda, com o conselheiro que dá o aval para tudo? Olho para a Carol e vejo que consegui irritá-la.
Mas, depois que meu pai morreu, nunca imaginei minha mãe em outro relacionamento. Ela sempre esteve presente para nós, sempre nos ofereceu colo quando precisamos. Não consigo vê-la namorando um homem que nem nosso idioma fala. Fiquei ainda mais nervoso; lembrei de como sofremos após a morte do meu pai. Ele era o esteio da casa, e minha mãe fez de tudo para não passarmos necessidade, até mesmo a Fátima nos ajudou muito.
Por isso doeu tanto dar um fim na vida dela. Olho para o iate, que está todo iluminado, e tenho certeza de que eles devem estar lá. Como vou conseguir olhar para minha mãe com outro homem? Sei que ela é nova e, honestamente, é uma negra linda, com um corpo que dá inveja a muita novinha.
— BRUNO, PODE PARAR! — Eu andava de um lado para o outro, e a Carol gritou comigo. Isso mesmo, e