Juliana Alcântara
Quando fui forçada a entrar naquele carro, segurei meu filho com força e tentei ao máximo ficar longe do Lucas. Olho para o lado e vejo que a porta não está trancada, mas pular machucaria o Arthur. Prefiro ficar aqui dentro e manter a calma, confiando que meu irmão me resgatará.
Estou preocupada. Vi o Cláudio ferido no chão, sem se mexer. Que Deus proteja meu noivo; ele não pode morrer, temos o Arthur para criar.
Logo depois que o Arthur nasceu e conseguimos ficar sozinhos, Cláudio se declarou. Prometeu cuidar de nós, que seria o pai do Arthur. Decidimos que, com o tempo, se eu me sentisse confortável, contaríamos a verdade sobre sua concepção.
Choro ao lembrar que meu homem ficou caído no chão enquanto sou levada por esse louco para a comunidade que ele comanda.
Chegamos à entrada da comunidade e ele desce do carro. Vejo-o dar ordens aos vigias, depois volta e fica me encarando. Sinto-me incomodada; não consigo aceitar que ele, que era nosso amigo, esteja fazendo is