Gustavo Lira
Nossa aventura começa sem a Carol. Pelo visto, não a veremos tão cedo. Pelo nível de irritação que percebi no quarto dela com o Bruno, não deve estar nada bem. Olhando para ele durante o voo, noto o quanto está sentido com a situação. Bruno sempre foi brincalhão e divertido, até pegou algumas manias do cunhado, mas o que aconteceu no quarto parece ter o deixado mais centrado.
Durante a viagem, ele conversa bastante com o Hector sobre negócios e uma carga que havia sido interceptada. Carol conseguiu reaver a carga para que eles pudessem fazer a troca. Combinamos que Bruno enviaria para o Hector, que já tinha pago por ela, mas não era o dono. A confusão me deixa intrigado.
Pelo pouco que entendo, Hector é o único fornecedor com permissão para entrar com cargas no território brasileiro. Isso me surpreende. Nosso mundo, no fim das contas, é comandado pelos bandidos. O traficante paga às forças armadas, que repassam aos políticos. Decepcionante.
— O que tanto está aí concentra